Rio, um território 38% coberto por unidades de conservação

A cidade do Rio de Janeiro possui importantes fragmentos de vegetação e seus ecossistemas associados ao Bioma Mata Atlântica, como florestas ombrófilas, restingas e manguezais. Uma das formas de proteção ambiental pressupõe o reconhecimento destes remanescentes como unidades de conservação da natureza (UC), conforme estabelecido na Lei Federal n. 9.985 de 18 de julho de 2000, que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Nada menos do que 38,8% do território da capital fluminense é coberto por unidades de conservação das três esferas de governo, o equivalente a mais de 40 mil hectares.

No final da década de 1980, foram implantadas as primeiras unidades de conservação municipais, observando critérios ecológicos e de planejamento relacionados à função ambiental desses fragmentos em ambiente urbano, buscando compatibilizar conservação de biodiversidade local e controle das pressões antrópicas.

Atualmente, o município do Rio de Janeiro possui 68 Unidades de Conservação da Natureza (UC) sob tutela da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro (SMAC). Dessas 25 UC são de Proteção Integral e 43 de Uso Sustentável, das quais quatro são Áreas de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU), UC ainda não recategorizadas conforme o SNUC. Cabe ressaltar a existência de outras UC sob gestão federal ou estadual no território do município, como o Parque Nacional da Tijuca, o Parque Estadual da Pedra Branca e o Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras.

Muitas indicações para a criação destas áreas protegidas contaram com forte participação da sociedade que, preocupada com o rápido crescimento urbano, reivindicava ao poder público a preservação de espaços territoriais. As UC do município do Rio de Janeiro (que abrange 30,8% do território da cidade), além de atuarem como importantes áreas de lazer, exercem um importante papel ambiental ao garantirem a preservação da biodiversidade, a conservação dos recursos hídricos e a proteção do solo e da estabilidade geológica de maciços e morros. Por fim, essas áreas verdes protegidas exercem o papel fundamental de mitigação frente às mudanças climáticas.

Relação das Unidades de Conservação sob tutela da SMAC: