MONITORAMENTO AMBIENTAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA RODRIGO DE FREITAS
O Monitoramento da Qualidade da Água da Lagoa Rodrigo de Freitas e dos canais e rios a ela ligados, visa acompanhar as alterações físicas, químicas e biológicas que ocorrem em função de fenômenos naturais ou da atividade antrópica, que podem comprometer a qualidade da água e, por consequência, colocar em risco à saúde do ecossistema local, além de prejudicar a prática esportiva de contato secundário.
O Decreto Municipal nº 42675/2016 dispõe sobre o Plano Municipal de Contingência da Lagoa Rodrigo de Freitas, determinando que os órgãos envolvidos na gestão ambiental da Lagoa adotem ações de prevenção ou protocolos de emergência em casos de situações que possam impactar tanto as comunidades aquáticas, quanto a rotina da cidade. A Gestão Ambiental do Sistema da Lagoa Rodrigo de Freitas é composta pela SMAC, Fundação Rio-Águas, COMLURB, GM, COR e SECONSERVA, além de outras instituições públicas ou privadas, como o INEA, a CEDAE e a Águas do Rio, entre outros.
A SMAC é responsável pelo monitoramento da qualidade ambiental da água da Lagoa Rodrigo de Freitas e dos canais e rios a ela ligados, uma importante ferramenta na gestão ambiental e na identificação de situações de risco, além de permitir o acesso à população das condições ambientais do Sistema da Lagoa Rodrigo de Freitas, através da emissão de Boletins diários e semanais.
O Boletim apresenta o diagnóstico da qualidade da água a partir do monitoramento contínuo e em tempo real de parâmetros que permitem a adoção de ações rápidas em situações de desequilíbrio e do monitoramento pontual de outros parâmetros e indicadores que complementam o acompanhamento a partir da avaliação setorizada de pontos importantes na dinâmica local do corpo hídrico, considerando as alterações provocadas por cargas de poluição que chegam à Lagoa, por exemplo.
O principal parâmetro de qualidade da água monitorado de forma contínua é o Oxigênio Dissolvido por ser essencial à manutenção e proteção das comunidades aquáticas. Além do Oxigênio Dissolvido, são monitorados contínua e pontualmente os parâmetros Temperatura, Turbidez, Salinidade, pH e Clorofila a. O monitoramento pontual está acrescido dos parâmetros como Nitrogênio Amoniacal, Nitrato, Fósforo Total, Fosfato Total, Sílica Solúvel, Sulfeto, Escherichia coli, Coliformes Totais e Comunidade Fitoplanctônica.
Considerando as práticas esportivas e recreativas permitidas no espelho d´água, a Lagoa Rodrigo de Freitas pode receber a qualificação de “própria” ou “imprópria”, baseada na análise dos seis últimos resultados do parâmetro Escherichia coli, segundo a Resolução CONAMA nº 357/2005, para água salobra Classe 2.
Em relação à proteção da biota aquática, a água da Lagoa Rodrigo de Freitas pode receber uma das seguintes qualificações:
– Estado de Equilíbrio: quando não há risco para as comunidades aquáticas;
– Estado de Alerta: quando as condições da Lagoa se encontram em desequilíbrio, com redução dos valores de parâmetros avaliados, principalmente do Oxigênio Dissolvido;
– Estado Crítico: quando há risco de mortandade de peixes da Lagoa.
O Boletim, além das classificações relativas à proteção das comunidades aquáticas e ao contato secundário, também contém informações sobre a variação do nível da lagoa, o manejo das comportas existentes nos canais do Jardim de Alah e nas avenidas Visconde de Albuquerque e General Garzon.
Especificamente, o monitoramento das condições meteorológicas avalia os parâmetros de Pluviosidade, Radiação Solar, Umidade e Temperatura do Ar, Pressão Atmosférica, Velocidade e Direção dos ventos. O conhecimento das condições destes parâmetros proporciona um melhor entendimento dos fenômenos meteorológicos da região e permite a associação com as alterações da qualidade da água.
Desta forma, com o monitoramento contínuo da qualidade da água do Sistema Lagoa Rodrigo de Freitas espera-se que, além de acompanhar as alterações físicas, químicas e biológicas que podem comprometer a proteção das comunidades aquáticas e as práticas esportivas de contato secundário, seja possível entender a saúde do ecossistema aquático, detectar contaminações e poluentes, tomar medidas corretivas quando necessário, identificar cenários de risco, como variações sazonais ou anormais nos parâmetros da água, bem como tomar decisões fundamentadas sobre o uso da água na lagoa e seus arredores.
Seguem abaixo os Boletins diários e semanais emitidos pela SMAC:
Diários:
Semanais:
