Uma cidade mais verde, com nossas florestas contribuindo para a redução de deslizamentos e enchentes, mais ricas em fauna e flora, protegendo as águas e proporcionando uma melhor qualidade de vida ao carioca. Tudo isso vem sendo almejado na Cidade Maravilhosa, há mais de três décadas, e mesmo com todos os desafios, a Prefeitura do Rio de Janeiro vem, através da implantação de reflorestamentos, denominado REFLORESTA.RIO, conseguindo melhorar a paisagem e trazer benefícios ambientais para o nosso município.

Além de proteger e proporcionar o desenvolvimento da regeneração natural das florestas e tentar nos aproximar ainda mais da Mata Atlântica original, o reflorestamento também se torna uma barreira para evitar as ocupações em área de risco.

Ações são realizadas por duas Gerências: GRM – Gerências de Mutirão Reflorestamento e a GRA- Gerência de Restauração de Ambiental, ambas subordinadas à Coordenadoria de Restauração Ambiental – CRA da SubSecretaria de Biodiversidade – SUBBIO da SMAC.

Com a missão de restaurar a cobertura vegetal da cidade do Rio de Janeiro, bioma Mata Atlântica e ecossistemas associados; recuperando áreas degradadas e áreas de proteção permanente.

História
O Programa Mutirão Reflorestamento nasceu na década de 80 na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – SMDS, como parte de um conjunto de ações (Programa Mutirão), cujo objetivo era promover a extensão de serviços públicos às comunidades carentes como escadaria, esgotamento sanitário, creches e reflorestamento.
O Reflorestamento foi a dimensão voltada para a contenção de encostas, recuperação e regularização das nascentes e mananciais, limitação da expansão das comunidades em áreas de risco e a recomposição paisagística ( BARBOZA, 2013 p. 73 ). “No ano de 1987, através do Decreto Municipal nº 6787 de 2 de julho, criou-se o Programa de Reflorestamento e Preservação de Encostas, a cargo do Departamento-Geral de Parques e Jardins da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos.”

Importante destacar, que no decorrer do programa a partir de 2011 a GRA – Gerência de Restauração Ambiental , inicia as ações de reflorestamento com o acompanhamento das ações por meio do Cumprimento de Medidas Compensatórias, Contratos e Incentivos Fiscais, ficando também responsável por acompanhar qualquer ação de restauração ambiental por paricituvar dentro do Município.

Assista ao vídeo criado em 2019 em comemoração aos 33 anos do Programa Mutirão Reflorestamento

 Objetivos

Os objetivos do Programa Municipal de Reflorestamento e Preservação das Encostas foram atualizados através do Decreto 32.716 de 26 de agosto de 2010.

  • promover o reflorestamento de áreas montanhosas, nascentes, Áreas de Preservação Permanente, faixas marginais de proteção dos cursos d`água, fragmentos florestais existentes no território do Município, bem como das Unidades de Conservação e sua Zona de Amortecimento, com o propósito de restaurar a biodiversidade, proteger os mananciais e a rede de drenagem, diminuindo riscos de deslizamentos e inundações;
  • proteger, desenvolver e acelerar a regeneração das florestas nas Áreas de Interesse Ambiental do município, unindo fragmentos florestais e visando à formação de corredores ecológicos;
  • apoiar as iniciativas da sociedade no sentido da mobilização, conscientização e organização de campanhas, grupos e entidades para a defesa das áreas de preservação, visando a consolidar uma política de proteção dos recursos naturais, incentivar a educação ambiental e democratizar as relações entre governo e a comunidade que tenham por objetivo a melhoria da qualidade do meio ambiente no município;
  • compatibilizar a recuperação e a proteção das florestas e demais formas de vegetação com a geração de trabalho e renda das populações vizinhas.

Áreas de Atuação

O Programa Refloresta Rio atua em ambientes degradados do Bioma Mata Atlântica e seus ecossistemas associados, especificamente na recuperação de Florestas Ombrófilas Densas, Restingas e Manguezais da cidade.

Viveiros de Mudas

Hoje contamos com cinco viveiros: Fazenda Modelo, Grumari, Rizzini, Vila Isabel e Campo Grande. Temos ainda equipes de coleta de sementes, que tem como objetivo identificar e coletar sementes de espécies interessantes para o reflorestamento.

Estes viveiros juntos, têm a capacidade de produzir mais de um milhão de mudas por ano entre cerca de 200 espécies arbóreas e 130 espécies arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Para mais informações sobre nossa produção de mudas, acesse o nosso Manual de Produção de Mudas de espécies nativas do bioma Mata Atlântica.

Viveiro Fazenda Modelo
Produção de mudas Pau-Brasil – Viveiro Fazenda Modelo

Atividades Desenvolvidas

Em função das características naturais desses ambientes e do nível de degradação ao qual foram submetidos ao longo dos anos, as atividades desenvolvidas são diversas e de acordo com o estabelecimento da vegetação.
O plantio de mudas é uma prática comum para recuperação ambiental dessas áreas. No entanto:
“Reflorestar não é só plantar mudas. Isso é apenas parte do processo. O programa de reflorestamento tem por premissa básica cuidar da área até o estabelecimento da vegetação plantada, o que inclui o controle de invasoras como o capim, combate às formigas, prevenção e combate a incêndios, contribuindo também para que a regeneração natural do próprio local, com suas espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, possa ocorrer em conjunto com o plantio das nossas mudas”. (33 Anos Plantando Florestas no Rio de Janeiro, 2019)

A seguir apresentamos de uma forma geral as atividades realizadas no âmbito do Programa Refloresta Rio, gostaríamos de salientar que as mesmas não são uma regra geral em todas as áreas, para cada uma delas são elaborados Projetos Executivos Específicos e em função do ecossistema a ser trabalhado, do nível de degradação e dos recursos disponíveis são traçados objetivos e atividades diferenciados.

Manejo de Espécies Exóticas e Invasoras

As espécies classificadas como exóticas e invasoras, que não tem ocorrência natural no biótopo em recuperação, prejudicam o estabelecimento de mudas plantadas. Por isso, o manejo para retirada dessas espécies é uma atividade que requer esforços constantes desde a implantação das mudas para a recomposição, até a manutenção de áreas em estágios mais avançados de recuperação.

Não são só as poáceas exóticas invasoras que podem prejudicar a implantação e o desenvolvimento das áreas em recuperação. Outros grupos de plantas invasoras, desde lianas, herbáceas, arbustivas e até arbóreas, apresentam em muitas áreas comportamento invasor e dominante, sendo permanentemente foco de arranquio de mudas, capinas seletivas e desbastes.
Em algumas áreas, espécies arbóreas como a leucena (Leucaena leucocephala) e o sabiá (Mimosa caesalpiniifolia), apresentam comportamento agressivo formando populações homogêneas e dificultando o estabelecimento das espécies nativas. Devido a características como rápido crescimento, contribuir para fixação de nitrogênio no solo e boa capacidade regenerativa após incêndio, essas espécies, apesar de serem exóticas, compunham antigamente, junto com outras espécies nativas, a lista de espécies pioneiras amplamente plantadas, principalmente em reflorestamentos de encosta após deslizamentos e com pressão contínua das comunidades do entorno.

Este cenário pode ser encontrado em reflorestamentos de longa data em encostas, onde essas espécies foram muito eficientes na melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, e ao longo das últimas três décadas proporcionam a estabilização das encostas. No entanto, passaram a dificultar o incremento na riqueza de espécies nos reflorestamentos, mostrando seu potencial invasor. Nestes casos são realizados desbastes de árvores destas espécies, formando clareiras que permitem o plantio de espécies nativas.

Prevenção e combate a processos erosivos

Material proveniente de capina depositado em curva de nível.
A retirada de espécies indesejáveis, que impedem e prejudicam o crescimento das mudas é imprescindível, mas deve estar associada a práticas que diminuam os efeitos do impacto e escoamento das águas da chuva no solo que inevitavelmente é exposto. Toda a matéria orgânica proveniente da retirada dessas espécies é depositada sob o solo. O material mais lenhoso como troncos e galhos grossos formam leiras em curva de nível. Já os galhos finos e folhas são depositados em cobertura por toda a área incrementando o aporte de matéria orgânica e infiltração de água no solo.

Em situações em que os processos erosivos ou deslizamentos de pequenas e médias proporções já estão em curso, barreiras de contenção podem ser construídas previamente ao plantio.

Em recuperação de áreas de restinga a preocupação com a movimentação da areia devido aos ventos predominantes, no caso do Rio de Janeiro, dos ventos de sudoeste, é uma constante, pois estes podem desenterrar as mudas rasteiras recém plantadas.

Prevenção de Incêndios

A prevenção contra incêndios é imprescindível, principalmente na fase de implantação de projetos em áreas dominadas por gramíneas que são excelentes propagadoras do fogo. A implantação de aceiros em pontos identificados como suscetíveis a entrada do fogo, como limites com comunidades, beira de estradas e áreas adjacentes dominadas por gramíneas são, até certo ponto, eficientes, mas muitas vezes o perigo vem do céu, junto com balões em queda, que em poucas horas transforma em cinzas o que levou anos para se desenvolver.

Seleção de Espécies e Plantio

Para reconstituição dos ecossistemas degradados buscamos trabalhar o mais próximo da sucessão natural, ou seja, do desenvolvimento da área em função das modificações na estrutura e composições do ambiente trabalhado. Desta forma, para a seleção das espécies a serem plantadas leva-se em consideração que cada uma delas possui sua área de ocorrência natural, com características ecológicas, morfológicas e fenológicas que nos permitem classificá-las em grupos funcionais e sucessionais. No Manual de Identificação de Mudas de Espécies Florestais encontram-se informações como zona de ocorrência, informações ecológicas, floração e outras para algumas espécies utilizadas em nossos reflorestamentos.

Independentemente do ecossistema trabalhado, geralmente no início do projeto as áreas estão em estado de degradação alto. Nestes casos é desejável que as primeiras espécies plantadas sejam aptas a este tipo de ambiente (solo pobre, muita luz), produzam frutos atrativos de fauna e muitos descendentes para colonizar a área, além de crescimento vigoroso para junto com as plantas espontâneas favorecidas pela capina seletiva, possam competir com as plantas indesejáveis.

Conforme a área reflorestada vai se desenvolvendo, as qualidades ambientais se tornam mais favoráveis. As espécies colonizadoras já produzem uma certa sombra, depositam matéria orgânica no solo, formando uma camada de folhas e pedaços de galhos, chamada de serrapilheira, densa que contribui para melhoria da qualidade do solo.

Sendo assim, o ambiente passa a ser mais propício para entrada de outras espécies através da regeneração natural ou do plantio de mudas. Nesses ambientes e em clareiras pós manejo de plantas indesejáveis, pode-se introduzir com mais segurança espécies mais diversificadas e longevas que complementam a estrutura da vegetação.

Manutenção

Os ciclos de manutenção com repetições periódicas das atividades descritas acima são realizados para garantir o desenvolvimento da área, favorecendo o crescimento de espécies espontâneas e das mudas plantadas até que a população formada apresenta estrutura e composição capazes de restabelecer a dinâmica natural do ecossistema.

 

Alto dos Teixeiras – 2011 (depois)
Alto dos Teixeiras – 2011 (depois)
Alto dos Teixeiras – 2011 (antes)
Alto dos Teixeiras – 2011 (depois)

Alguns Números de  2023

Área Implantada

GRA – 14,83
GMR – 5,29
Total – 20,12

Área Mantida

GRA – 141,67
GMR – 1.666,87
Total – 1.808,54

Mudas Plantadas

GRA – 61.884
GMR – 67.080
Total – 128.964

Número de Frentes

GRA – 27
GMR – 79
Total – 106

Como Participar
Existem diferentes formas de participar e colaborar com o Programa Refloresta Rio:
Conhecer mais – este Portal foi criado com este objetivo, aqui desejamos oferecer os conteúdos sobre este trabalho, estamos apenas iniciando esta caminhada!
Divulgar – conte para todos sobre a existência desta política pública, divulgue este Portal;
Participar de atividades abertas ao público;
Ser voluntário para ajudar na realização de atividades abertas ao público.

Atividades abertas ao público
Costumamos realizar alguns mutirões de plantios ao longo do ano, que são divulgados na comunidade onde o mutirão acontecerá, mas em função do interesse demonstrado pelos participantes da pesquisa Refloresta Rio, tão logo tenhamos passado o período da pandemia, realizaremos mutirões de plantios que serão divulgados para todos.
A colaboração de voluntários ajudará na melhor execução dos mutirões.

Como ser Voluntário
É necessário fazer o cadastro no Programa Voluntários por Natureza.
No momento a colaboração de voluntários é bem vinda no apoio às atividades abertas ao público, que em breve serão divulgadas.

Documentos Produzidos

 

Drone Semeador

A primeira etapa do processo com Drone Semeador foi o diagnóstico com levantamento aerofotogramétrico, realizado com drone multispectral, nas Serras de Inhoaíba, Quitungo, Posse e Estrada do Cantagalo.
O Drone-semeador possui a capacidade de semear 50 hectares em um dia e dará suporte ao Programa Refloresta Rio durante as ações de aumento de cobertura verde na cidade, contribuindo para:
Melhorar a capacidade operacional e o volume de implantação dos reflorestamentos.
Integrar novas tecnologias e métodos para responder às necessidades crescentes do reflorestamento.
Reduzir os seus custos de operação.
Diagnóstico detalhado das áreas.
Efetuar um acompanhamento e uma análise que lhe permitam valorizar melhor o trabalho realizado.
Dados para uma melhor gestão, com Dashboard interativo.
Informações sobre incremento de carbono nas áreas reflorestadas.
Imagem atualizadas por satélites e drones.

Plantio do drone semeador na Serra da Misericórdia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fale Conosco

 Endereço: Rua Afonso Cavalcanti, 455 (Centro Administrativo São Sebastião), sala 1225, Cidade Nova, Rio de Janeiro.

 Telefones: 2976-2779 e 2976-1259

 Conheça mais sobre este trabalho  aqui 

A Secretaria Municipal do Ambiente e Clima (SMAC) é o órgão central executivo responsável pela gestão, planejamento, promoção, coordenação, controle e execução da política de meio ambiente no município do Rio de Janeiro.

 

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